30 de abr. de 2010

Cê tá pensando que eu sou loki, bixo?

Não sei o que pensas, até porque o que pensas é apenas o que pensas.
Eu sei o que sou, e isso é tudo o que há de exato nessa história.
Não sei se o que pensas é o que sou.
Mas se o que pensas não é o que sou 
Penso que não encontrará o exato do que sou.
Lamento.

29 de abr. de 2010

-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.
-Linhas paralelas se encontram no infinito.
-O infinito não acaba. O infinito é nunca.
-Ou sempre.

28 de abr. de 2010

"Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos (C.F)

Depois das nossas brigas, compreendi uma porção de coisas. Compreendi, por exemplo, que eu estava mistificando e mistificando você; que estava também me anulando perto de você; que estava aceitando tudo o que vinha de você somente por achar você bacana.

27 de abr. de 2010


Calma menina, agora você viu o mundo é uma esfera que da voltas completas, eu disse que não precisava ficar triste . Tudo que acontece, há sempre um porque , viu só? Acalma esse coração, que amigos são amigos e sabem sempre reconhecer o valor dessa amizade, embora possa demorar um tempo.

26 de abr. de 2010


Temos ficado calados. Estamos deixando que nos empurrem boca a baixo as “verdades” que eles julgam importantes.
Temos aceitado pacificamente que eles decidam desonradamente a cerca de nosso futuro, nossa nação, nossas vidas. Decisões que não tem como princípio fundamental as prioridades dos cidadãos. Estamos vivendo na ilusória sensação de democracia, quando na realidade não passamos de ovelhas de um sistema tendenciosamente imoral.
Temos trabalhado pelo pão nosso de cada dia, para que eles continuem a nos tirar o almoço e jantar. Toda nossa fome alimentando meias e cuecas de nossos magistrados. E temos feito festa, fazendo da nossa ignorância um carnaval, achando graça nas ilegalidades e rindo perante esse curral eleitoral.
Temos nos transformado em deficientes diante a deficiência do nosso estado de direito.
Todos nós para/tetraplégicos, cegos e sem voz. Sem honra e sem futuro. Deficientes na mente.
Um país cujo bunda é melhor tratada que suas crianças, onde ela é principal fonte de discussões e avaliações, não podia mesmo deixar um legado diferente.
Subdesenvolvidos moralmente.


E ainda querem que tenhamos orgulhos de ser Brasileiro.

Ó pátria amada, idolatrada , SALVE , SALVE-SE!”
Logo você que não para um segundo,
não entende minhas viagens.
Tem tanta loucura e estupidez dentro do meu ser.
Sou arrogantemente simpática
e delicadamente arredia.
Um paradoxo sem solução.

                        Eu sou muito jovem para ter a flexibilidade necessária para saber do amor e da vida.
Começo.
O começo do fim.
Até o fim do começo.
Será que o começo contém o fim?
Ou fim contém começo?
Fim.

Penso, já não foi ...

Eu pensei, que nem quero mais pensar.
Eu pensei erroneamente,
que pensava que tudo isso fosse algo,
que agora já não é.
Eu pensei em falar
o que pensava em falar.
Agora já não é.

21 de abr. de 2010



Hoje, minhas palavras serão dedicadas a você. Por sinal, hoje, é HOJE!
 O dia em que você deu o ar da graça ao mundo. O dia em que comemora com sua família, mais um ano de vida. Eu, que conheço apenas uma miúda parte de toda essa sua existência tenho a audácia de felicitar você com bons pensamentos. Audácia de vir até ti e dizer como foi bom ter o “encontrado”.Mas, encontrar a gente está sempre encontrando pessoas, o mundo é tão vasto. A minha audácia é de ter encontrado em você, uma pessoa que quebrou todos meus padrões, qualidades que o mundo já nem liga mais. Embora tão diferentes, eu encontro em você uma semelhança que me faz cultivar esse sentimento que já não cabe em poucas palavras.
Desejo lhe, que por mais que voe não se esqueça desse jeito generoso e preocupado com os que o cercam. Que não perca a Paz. Que continue lutando em busca de seus sonhos,  e que os realize sempre, você merece, é um bom menino.
Desejo muita saúde, Futuro bonito te espera..
Beijos no coração..

20 de abr. de 2010

Marina - Composição: Vinicius de Moraes

Lembras-te das pescarias
Nas pedras das Três-Marias
Lembras-te, Marina?

Na navalha dos mariscos
Teus pés corriam ariscos
Valente menina!

Foste minha companheira
Foste minha derradeira
Única aventura?
Que nas outras criaturas
Não vi mais meninas puras
Menina pura.

 

O haver


Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade
.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo,

e esse medo infantil de ter pequenas coragens.


( Vinícus de M.)

19 de abr. de 2010

.
Tome cuidado na sua vida,
Pois tudo ainda está pra acontecer
Afine um pouco mais seu canto
Respire o ar e eu vou estar com você
Ninguém te agüenta menina chata, menina besta
Ninguém te agüenta menina chata, menina besta
Mas o tempo voa. De repente você se sente só, abre o caderno de telefones e percebe sua pouca afinidade com os nomes que estão lá, que tem vivido uma vida que não tem nada a ver e começa a procurar um sentido para as coisas. Não encontra resposta, claro, mas um dia está no trânsito, vê um terreno baldio, se lembra daquele quintal no qual não pensa há anos e percebe que essa é a lembrança mais importante e mais feliz de sua vida. E passa a olhar o mundo com a superioridade de quem tem um tesouro guardado dentro do peito, mas ninguém sabe.

Danuza.
Iniciei mil vezes o diálogo. Não há jeito.Tenho me fatigado tanto todos os dias.
Vestindo, despindo e arrastando amor,infância, sóis e sombras.Vou dizer coisas terríveis à gente que passa.
Dizer que não é mais possível comunicar-me. [Em todos os lugares o mundo se comprime.].Não há espaço para sorrir ou bocejar de tédio.As casas estão cheias. As mulheres parindo sem cessar.Os homens amando sem amar, ah, triste amor desperdiçado. Desesperançado amor.Serei eu só.A revelar o escuro das janelas, eu só Adivinhando a lágrima em pupilas azuis.Não há jeito.
Preparo-me e aceito-me.
Carne e pensamento desfeitos. Intentemos,
Meu pai, o poema desigual e torturado.
E abracemo-nos depois em silêncio.
Em segredo.

Hilda Hilst (Roteiro do Silêncio)

18 de abr. de 2010

Preciso sim, preciso tanto.
Alguém que aceite tanto meus sonos
deeeeemooooooraaaaaaadooooooos
quanto minhas insônias insuportáveis.

17 de abr. de 2010

"Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto"
- Você acha que o nosso amor pode fazer milagres?
- Eu acho que o nosso amor pode fazer tudo aquilo que quisermos
. É isso que te traz de volta pra mim o tempo todo

16 de abr. de 2010

Acho que você não percebeu
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes

O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria
arrogância
Esperando por um pouco de afeição
Hoje não estava nada bem
Mas a tempestade me distrai
Gosto dos pingos de chuva
Dos relâmpagos e dos trovões
Hoje à tarde foi um dia bom
Saí prá caminhar com meu pai
Conversamos sobre coisas da vida
E tivemos um momento de paz

É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos
E o que disserem
Meu pai sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Minha mãe sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Meus verdadeiros amigos sempre esperaram por mim
E o que disserem

Agora meu filho espera por mim
Estamos vivendo
E o que disserem os nossos dias serão para sempre.

(R.R)
Me perguntaram, o porque que escrevo, sobre tantas coisas .
Fiquei sem palavras. Mas hoje sei ..
eu escrevo por Clarisse .

"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias"

15 de abr. de 2010

Tão minha essa, nesse tempo.

Coisas da Vida


Rita Lee

Composição: Rita Lee

Quando a lua apareceu

Ninguém sonhava mais do que eu

Já era tarde

Mas a noite é uma criança distraída

Depois que eu envelhecer

Ninguém precisa mais me dizer

Como é estranho ser humano

Nessas horas de partida

É o fim da picada

Depois da estrada começa

Uma grande avenida

No fim da avenida

Existe uma chance, uma sorte

Uma nova saída

São coisas da vida

E a gente se olha, e não sabe

Se vai ou se fica

Qual é a moral?

Qual vai ser o final

Dessa história?

Eu não tenho nada pra dizer

Por isso eu digo

Que eu não tenho muito o que perder

Por isso jogo

Eu não tenho hora pra morrer

Por isso sonho
Acho que meu mal sou eu mesmo, esses círculos concêntricos envolvendo o centro do que devo ser. Mas só poderei me aproximar dos outros depois de começar a desvendar a mim mesmo. Antes de estender os braços, preciso saber o que há dentro desses braços, porque não quero dar somente o vazio. Também não quero me buscar nos outros, me amoldar ao que eles pensam, e no fim não saber distinguir o pensar deles do meu.



"E sofrerás muito quando resolveres dizer só aquilo que pensas e fazer só aquilo que gostas."

13 de abr. de 2010

" Não sou para todos. 
Gosto muito do meu mundinho. 
Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. 
Às vezes tem um céu azul, outras tempestade.
Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos.
Mas não cabe muita gente. 
Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. 
São necessárias. " 
 
c.f

11 de abr. de 2010

Te vejo perdendo-se todos os dias
entre essas coisas vivas onde não estou.
Tenho medo de, dia após dia, 
cada vez mais não estar no que você vê.

7 de abr. de 2010

Por: Fabrício Carpi Nejar

Arte de Helen Frankenthaler

Não adianta ser fiel ao outro se a gente não é fiel a si. Mas não é simples assim: arenoso descobrir a nossa própria natureza e aceitá-la. Conhecer-me significa também não gostar daquilo que sou e ter que passar o resto da vida ao meu lado.

Até hoje eu só me amei por amor platônico. Nunca tive coragem de me aproximar. Escrevia cartas, fazia elogios, me criticava, mas sempre controlado, contido, parava quando me julgava ameaçado.

Não subestimo a força do engano. Talvez seja leal ao que meu pai queria ou ao que a minha mãe desejava ou ao que jurei ser a melhor solução para conseguir aprovação da turma. Quem diz que não gastei uma vida inteira para atender aos anseios dos demais e ainda não descobri as minhas ambições. Quem diz que não segui escrevendo porque um dia a maldita professora da 4ª série me chamou de escritor e não gostaria de decepcioná-la, muito menos ofender sua intuição.

Minha voz não é aquela que eu escuto. Meu rosto no espelho não é aquele que as pessoas enxergam. Meu beijo não está na minha boca.

Posso ser generoso pelo egoísmo. Posso ser amoroso pela tirania. Posso ser educado pela vergonha. Vê só o quanto uma virtude esconde uma maldade. Eu sou o resultado ou a origem daquilo que cumpro? O que tem peso maior: minha vontade ou o ato?

Não desfruto de condições para prometer coisa nenhuma, pois nem defini o que eu mesmo me ofereço.
De repente, vou me trair e ser fiel no casamento. Ou trair uma relação e ser fiel a mim. Antes deveria cuidar de ser monogâmico comigo.

.

porque mesmo com todos os embaraços familiar,
eu trocaria tudo só para ter meus amores ao lado meu.
Eu até pareço forte.
Mas hoje só Adélia me entenderia.


Meu Deus,
me dá cinco anos.
Me dá um pé de fedegoso com formiga preta,
me dá um Natal e sua véspera,
o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dá a negrinha Fia pra eu brincar,
me dá uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dá minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dá a mão, me cura de ser grande,
ó meu Deus, meu pai,
meu pai.

5 de abr. de 2010


Não sou uma pessoa que você desejaria ser amiga, não sorrio muito e converso o imprescindível. As pessoas que me conhecem jamais chegariam a minha casa antes das duas da tarde, meu mau-humor quando acordo é contagioso, arriscar me acordar não é uma boa idéia. Não danço, não tenho ginga nem sangue latino. Eu sou um arquétipo germânico. Gosto de músicas que não estão na moda e poucas pessoas ouvem.  Não bebo e não fumo, mas também não sou geração saúde, não gosto de comidas cheias de hortaliças, um macarrão simples com ovo frito me basta. Eu gosto de criar coisas, inventar tralhas que não servem pra nada, só pra juntar entulho mesmo. Se você gosta de verde, eu com certeza vou gostar de azul, não adianta eu nasci pra ser do contra. Eu não gosto de sol, nem piscina com churrasco, o verão é tedioso pra mim. Eu sou muito complicada, tenho manias intoleráveis, meu sistema é muito antidemocrático, Sou bastante direta e detesto meios termos. Sou uma autocrática nata. Não faço diplomacia.  

(No ouvido: Só- Oswaldo Montenegro)
Vontade de ser sozinho
Sem grilo do que passou
A taça do mesmo vinho
Sem brinde mas por favor
Não é que eu não tenha amigos, não
Não é que eu não dê valor
Mas hoje é preciso a solidão



Vontade de ser sozinho
Mas por uma causa sã
Trocar o calor do ninho
Pelo frio da manhã
Valeu a orquestra se valeu.
 

3 de abr. de 2010


Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher.

________________________
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida

Como vai você?


Eu aspiro aquele passado de volta, aquela menina, aquele menino, aquela ciranda de nós dois. Lembrar hoje de tudo que passou me confunde o pensamento, será mesmo que você nunca foi nada do que pareceu ser? Não, por favor, diga que não. Que todo esse reboliço de agora não passa de desencontros. Você me veio tão inesperado e tão doce, subitamente penso, onde está o menino dos meus olhos? Cadê aquele moleque que sorria só pra mim? Não meu bem, não o deixe morrer em você. É um menino tão quieto, tão suave, tão feliz. Hoje não tem calma, não tem porto nem sossego. Fico em dúvida, se nunca teve calmaria nem quietude, se aquele tempo não passou do tempo de encanto.

 (No ouvido: Nara Leão) 
 Até um dia, até talvez
Até quem sabe
Até você sem fantasia
Sem mais saudade

Agora a gente
Tão de repente
Nem mais se entende
Nem mais pretende


Seguir fingindo
Seguir seguindo
Agora vou pra onde for
Sem mais você


Sem me querer
Sem mesmo ser
Sem me entender

Certo dia minha mãe disse que cada um tem que seguir o seu caminho, que não era pra eu me preocupar, ela tinha sonhado com um moço com flores.
Pois é, eu to seguindo, to deixando muita coisa pra trás, to indo em frente, to sentindo um aperto no coração, não quero moço com flores, quero sentimento sincero, quero uma saudade saciável, quero-me sentir segura, quero alguém que pense em mim e em como eu ficaria feliz em vê-lo. Alguém que me ninasse, que não me fizesse sofrer, que fosse o mesmo sempre. Alguém que não me deixasse esperando, que desse valor aos meus valores. Que entendesse minha fragilidade em parecer forte. Que não exaltasse a voz comigo, que não fosse grosso mesmo que tenha motivos, alguém que deixasse tudo pra depois só para me surpreender com um abraço, alguém que trocasse todas as ostentações para ver um longa-metragem chato ao meu lado.Alguém sem mentiras,simples, sem aparências . Quero alguém que aceite meu jeito sem cobrar nada, que me aceite incompleta, alguém que saiba que jamais estarei pronta. Quero alguém que não existe.
Querer a gente sempre quer tanta coisa, eu já pensei em querer que você fosse esse alguém.
Mãe, não quero moço com flores. Flores são enganosas.
Eu já não quero viver por engano.

2 de abr. de 2010

Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?

(T.B)

Marina, sai fora daqui.


Sabe Marina, você é tão egoísta, tão egocêntrica, essa mania avarenta de achar que o mundo gira em torno do seu umbigo minúsculo, esse jeito mal-humorado, toda essa marra, pra que? Eu cansei, você quebrou minhas pernas, não adianta, você é tão árdua que eu desisto de te mostrar outro jeito de viver. Continue assim, fechada, com essa loucura de não deixar ninguém aproximar, você é bicho do mato menina. Ainda não cresceu, não esta pronta pro mundo. O mundo hoje é feito de pessoas abertas, é tudo consentido e você é tão inflexível, é tão individualista. Estou falando isso porque não agüento mais toda essa sua indiferença, essa cara fechada, esse jeito esquisito. Olhe ao seu redor, todo mundo normal, todo mundo seguindo suas vidas iguais, todos sem exceções felizes. Não entra em minha mente o porquê dessa insistência em ser chata, em não rir, nessa mania de ser forte.
Não sei, mas você deve ter vindo por engano. Seu lugar não é nisto.
Eu juro, desisti de tentar mudar você. 

1 de abr. de 2010

Olha, eu sei que você queria que eu fosse diferente.
Que eu fosse festeira e animada, essas coisas aí de adolescente.
Mas, eu nasci velha.
Só gosto de coisas chatas.
Ficar quieta.
Ver as estrelas
Voar.