31 de out. de 2009

Estranho conhecido

Lendo um pouco sobre a Vida de Frejat, acabei chegando ao seu último disco “Intimidade entre estranhos” , um título bem sugestivo e amplo. Inegável como a mente humana é capaz de criar “teias” que são aptas a ligar eventos ou emoções a palavras. Minha mente, ao ler o título ligeiramente refletiu como os olhos verdes daquele estranho me conduzem familiaridade.
Mesmo não conhecendo nada sobre ele , mesmo não sabendo o timbre da sua voz, quando casualmente a gente se esbarra e os contemplares se atravessam , sinto que por algum motivo eu já o conheço.Nosso embaraço social é similar, uma timidez que só consente o olhar.
Ontem, entre os folguedos estávamos nós mais uma vez no mesmo ambiente acompanhados de amigos, mas ao vê-lo,senti ..ou melhor não senti mais nada,as pernas , os pés,enfim.. É como se o acaso nos levasse para o mesmo ambiente para equivalermos em outro espaço. Tudo para , tudo some, vejo apenas os nossos olhos encontrando intimidade.
Bom é isso, descobrir um porto no meio de um oceano em chamas. 

Marina R. Gontijo Teixeira

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