27 de out. de 2010

Sem sentido

É muito estranho encontrar alguém na rua que se parece com uma pessoa que faz ou fez parte de momentos da sua vida. É estranho para caramba perceber aquele filminho começar a passar e por imediato você remeter um sentimento a um ser que se assemelha a um amor, a um amigo, a uma pessoa da família. Ainda mais quando essa pessoa é parecida com alguém que já não está vivo ou que mudou de país ou que por razões maiores você não tem contato mais, os braços tremem e vem a vontade absurda de abraçar,tocar, cheirar, essas coisas que nós bichos sentimos com cinco vertentes, necessidades para ter a confirmação de estar perto. A gente precisa ver pra crer , talvez seja essa nossa grande armadilha, nosso maior impasse, duvidamos daquilo que não vimos, colocamos a prova: o amor, a religião,a vida.
Materializamos em vão na carne, nos bens, no papel. Somos vulneráveis ao toque ao que podemos enxergar nitidamente. Nos perdemos em nossas próprias impossibilidades, idolatramos imagens, só aceitamos Santos que comprovem seus milagres. Perdemos a fé na palavra.

Parei, comecei falando de um velhinho que parecia com meu avô e terminei mais uma vez com questionamentos que nunca serão solucionados. Que mania chata de ficar pensando demais.
Eu só vi um velhinho. foi só isso, simples assim. Esquece tudo isso, e um conselho, talvez nem leia mais.
é desgastante, confesso.

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