20 de jan. de 2010

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Hoje tive um sonho, estava em um carro com algumas pessoas conhecidas, não sei pra onde estávamos indo, mais recordo que o motorista corria muito até que tudo ficou confuso, gritos e choros. Um acidente. Fomos direto em um muro e depois apareci saindo de uma piscina/lagoa, estavam todos bem,mas eu não. Parecia tão verdadeiro, estava com marcas por todo corpo, roxos e arranhões, sentia dores tão reais. Que sufoco, via-me em um leito de hospital agonizando por falta de atendimento médico, tive medo, comecei a ter alucinações e perguntava a todos se viam o que eu via. Uma porta no céu escuro, bem iluminada, eles diziam que não, então eu pensei será que é isso, a morte, a passagem?...

Acordei. E havia mesmo a impressão, as dores ainda estavam ali. Meu corpo despertou cansado.

Mas, agora penso. Estou sujeita a tantos desastres, a existência em si é um risco. E é por essa brevidade da vida que hoje escreverei meus pensamentos e desejos. Aspiro deixar por essa atmosfera que me devora, o concreto do abstrato.

Aos meus afetos,

Agora que estou presente apenas em pensamento, dedico essas palavras a todos vocês que por mais simples, tocaram meu coração de gelo, minha alma enfadada e meus olhos flamejantes.
Embora eu tenha essa aptidão para a anarquia, tenho pensamentos que me desestruturam por inteira. Penso que meu orgulho é um grande vilão, e como desejei tira-lo, mortifica-lo, lutei muito, mas tudo em vão. Ele foi comigo, implacavelmente forte e arrogante.
Embora não tenha vivido grandes paixões, aventuras e arriscado muito pouco durante todo esse tempo, tenho lembranças que deixo à vocês .
A lembrança do meu esforço, deixo para todos que ao ver minha luta me impulsionava a nunca parar, e lembrem-se: Eu não parei.
A lembrança do meu sorriso, deixo para quem os tiraram de mim, meus sorrisos estão no ar, e vocês podem senti-los.
As lembranças das minhas quedas, tristezas, deixo a vocês que me fizeram por alguns momentos infeliz.
As lembrança das desconfianças, não deixo a ninguém, ninguém tem direito a ter suas intenções devassadas. Embora eu desejasse que você tivesse acreditado em mim.
A lembrança do meu amor, deixo para todos que me amaram.
Deixo minhas riquezas, meus pertences, meus sentimentos..
Serei o que quiseres em teus pensamentos, tampouco me entendo,
mais me sinto livre para dizer: amo-te muito, sem rendimento, aceso,
amor sem formato, altura ou peso, amor sem conceito, aceitação,
impassível de julgamento, aberto, incorreto, amor que nem sabe se é este o nome direito, amor, mas que seja amor.
Amo-te muito, e subscrevo-me.



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