10 de jan. de 2011

Fragilidade

Eu deveria me calar não me abrir tanto com aqueles que eu considero amáveis. Eu deveria me fechar como se fecha um cadeado e jogar a chave fora, eu deveria abaixar minha cabeça e consentir com tudo, porque é isso que as pessoas querem. Eu sofro por ser assim, sofro doído por ser assim, por não ter ninguém que me entenda bem. Às vezes um aqui outro ali compreende um pouco dos meus “porquês”, mais é raro. Na maioria das vezes eu sou eu, Eu incompreendida e só .
E é péssima a idéia de se sentir sozinha, de ver em segundos tudo aquilo que construí como sólido se desfazer e não ter perspectiva nenhuma do amanhã . Ninguém preocupa em conversar direito, em me acalmar, em me zelar, talvez por não me considerar uma pessoa especial  ou mesmo pelo egoísmo. É duro falar disso, dói, mas eu já passei por isso tantas vezes que tudo parece normal, mesmo eu não acreditando que poderá acontecer de novo.
Talvez, muitos nem cheguem a esse parágrafo, quase ninguém tem saco para ouvir minhas queixas, meus desapontamentos, sempre acham que eu sou viagem errada. Mais eu sofro pela falta de atenção, pela cara de zombaria, eu sei que sou difícil e que tenho quase todos os defeitos do mundo, mas poxa, essas pessoas deveriam saber que eu as escolhi para minha vida, para serem tudo nela, não as quero para desgosto, é o sofrimento pior, saber que aquelas que você ama são as que te fazem infelizes por algum tempo.
Não riem desse texto, não achem engraçado, é triste, é de tristeza, é de desgosto, é de surpresa , desapontamento, choro. Eu não sou mais aquela pedra sem sentimentos, e às vezes eu sinto falta dela, porque mesmo arrependida eu dormia com a certeza que não deixei meu nome a desejar, que fui fiel aos meus ideais e que por ninguém eu me anulei. Eu não quero mais conhecer ninguém, nenhuma pessoa, nada, não suporto tantas dores como suportei, no meu corpo jovem corre sangue velho em direção a morte de tudo que acredito.

Uma pena Marina, um dia você acerta e nasce certa, simples e completa.













-Eu não sei o que fazem os órfãos de mães , só aquela mulher que por vezes perco a paciência me envolve nos braços e me acalma com amor. Um dom incrível de me fazer viver.

Um comentário:

Löяy Davis disse...

"As águas paradas são as que têm maior profundidade" .
É Bukowski e lembrei ao ler seu texto.
Continue sendo vc.
XD